Minha Estante #28|Cidades-Mortas

22:01:00

Título: Cidades-Mortas
Autor (a): Dêner B. Lopes
Páginas: 204
Editora: Chiado (parceira do Frases Perdidas)
Onde comprar: Chiado Editora 

Sinopse: "Cidades-Mortas" se passa num Brasil futurista chamado Lisarb. Conta a história de Arthur Noah, um rapaz medroso e esquelético que teme mais que tudo ser escolhido para ser um dos participantes desde que é um dos maiores reality show brutal do mundo; o Cidades-Mortas, onde a elite escolhe, por votação, 20 jovens para serem perseguidos por soldados-robôs do governo programados para torturar até a morte qualquer humano à frente. E de uma maneira nada convencional, Arthur estará entre eles.
Com uma ditadura futurista nunca antes retratada na literatura nacional contemporânea, Dêner B. Lopes apresenta ao leitor um mundo não tão distante quanto pensamos estar.
Nota: 4/5
[Livro cedido pela editora para resenha] 

Lisarb é marcada principalmente por seu governo tirano. Várias das medidas criadas por essa "democracia" são absurdas, como por exemplo o implantamento de dois chips em cada habitante, para que os governantes sejam capazes de vigiar os passos de qualquer cidadão e conferir se estava vivo ou não, e a separação de brancos e negros, que não podem nem mesmo escolher o espaço em que preferem ficar na praia, já que ela é repartida em 70% de areia branca e 30% de areia parda, ou seja, 70% para brancos, 30% para negros. Outra medida da Lisarb foi a criação do Festival das Cidades-Mortas, um evento visto por muitos como a festa da morte. 
Cada uma das 10 Cidades do país devem selecionar, através dos votos da população, um casal de jovens entre 15 e 18 anos. Os 20 Eleitos são encaminhados para a Cidade-Morta selecionada e lá são confinados com o objetivo de escapar dos soldados-robôs, que têm claras intenções de morte lenta e sofrida, e de tentar sobreviver durante duas semanas. O confinamento é acompanhado por toda a nação através da TV aberta e aqueles que sobrevivem têm o direito de fazer dois pedidos aprovados pelo Presidente.  Arthur é o favorito para o próximo Festival, já que seu pai e seu irmão foram os preferidos das edições anteriores, e de uma maneira bem diferente estará entre os Eleitos.

Num Brasil futurista chamado Lisarb várias medidas absurdas são tomadas pelo governo em busca do controle da comunidade. Uma dessas medidas foi criada para servir como entretenimento para os habitantes: um evento nomeado Festival das Cidades-Mortas, responsável pela morte de alguns jovens do país a cada edição. São 20 participantes e pode haver um ou mais vencedores, aquele ou aqueles que sobreviverem a duas semanas num local onde os mantimentos e os armamentos estão escondidos e os soldados-robôs não param de trabalhar. Arthur tem dezesseis anos e, por vir de uma família marcada pela participação de seus integrantes no Festival, é o favorito para a edição atual. O jovem não está nada preparado para esse desafio e não tem a mínima vontade de participar. Acontece que isso não é o suficiente..
Cidades-Mortas é uma distopia inspirada na trilogia Jogos Vorazes, da autora Suzanne Colins, sucesso no mundo todo. Não posso dizer com certeza se o enredo desses dois livros são completamente diferentes, pois não li a história da famosa Katniss, mas acredito que apenas a ideia seja semelhante (o que acontece com a maior parte das obras distópicas). A escrita do Dêner B. Lopes é simples, a história é bem legal e são poucas páginas, portanto o livro pode ser lido numa tarde (o que eu fiz). Gostei demais do Festival e de tudo o que foi abordado, o que aumentou a minha vontade de ler mais coisas desse gênero. Cidades-Mortas é o primeiro livro de uma série, mas eu não sei se serão continuações ou apenas mais livros de uma coleção, pois acredito que essa obra já teve um final.

Já conheciam Cidades-Mortas? O que acharam dessa história? Me contem nos comentários.
Beijos e até o próximo post!

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10 comentários

  1. Apesar de muitas pessoas que não leram distopias falarem que todas são muito parecidas, eu não concordo em nada. Por mais que não esteja aparente, as distopias tem uma origem e um motivo de terem sido desenvolvidas pelos seus escritores, tanto num contexto histórico quanto em um contexto pessoal. Cidades Mortas se encaixa bastante em um contexto que o Brasil está vivendo atualmente, com algumas pessoas malucas pedindo algumas coisas mais malucas ainda e sem conhecimento histórico algum. Por mais que não seja real, creio que Cidades Mortas seja uma boa maneira de se apreender sobre as coisas que poderiam acontecer e que aconteceram, mesmo que de maneira não tão distópica, na Ditadura Militar. Ansiosa para ler o livro :)

    Beijos Gabi!

    estanteideal.blogspot.com.br

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    1. Eu acredito que a única semelhança entre as distopias é a ideia de apresentar uma situação que tem como plano de fundo um governo autoritário num local futurista. Li poucos trabalhos desse gênero (A Seleção, Cidades-Mortas e, a minha leitura atual, Divergente), então não posso falar com total certeza que todas as distopias são parecidas, mas creio que não. Esse livro é ótimo, super recomendo. Quando ler, me conta o que achou. Beijos ♥

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  2. Achei interessante a história em si, tem um apelo interessante e uma crítica embutida no plano de fundo (como toda distopia). Gostei deveras de Jogos Vorazes e acho que darei uma chance para este livro.
    Adorei a resenha, parabéns! :3

    http://amadoslivros.blogspot.com.br/

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    1. Dê uma chance mesmo, é um livro ótimo. Muito obrigada! Beijos ♥

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  3. Olá Gabrielle,
    Acho que toda distopia terá algo semelhante com outra distopia, isso é inevitável mas não significa, necessariamente, que a história é totalmente igual - mesmo porque seria plágio. Quando comecei a ler sua resenha e vi que são selecionados casais para participar de um 'jogo' o liguei à Jogos Vorazes, mas acredito que a ideia final seja diferente.
    Vou adicionar o livro às minhas futuras leituras e ver o que acho na comparação dos dois.
    Parabéns pela resenha.
    Beijos
    http://mileumdiasparaler.blogspot.com.br/

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    1. Olá! Concordo contigo, essa semelhança é comum entre livros de um mesmo gênero. Quando ler, não esquece de passar aqui e comentar o que achou. Obrigada! Beijos ♥

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  4. Oii, Gabi. Tudo bem? Conheço esse livro, tipo, tenho o autor no facebook e talz.
    Adorei sua resenha. E a história do livro é mto boa e interessante.
    Beijo
    mundoemcartas.blogspot.com

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    1. Oi, Markus! Tudo ótimo e você? Que bom que gostou! Obrigada! A história é ótima. Beijos ♥

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  5. Oi Gabi, eu também já li o livro e adorei! A escrita do autor flui muito bem e a narrativa é cativante. Ele nos lembra Jogos Vorazes, mas que nem você disse, apenas a ideia é semelhante, pois a história acaba tomando rumo diferente.

    Beijos

    http://www.oteoremadaleitura.com

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    1. Oi, Kétrin! Verdade, a escrita do Dêner tornou a leitura super rápida. Beijos ♥

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