Como avalio minhas leituras

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Depois de um tempo sumida do blog, hora de voltar. Grande parte dos leitores emprega o sistema de estrelas para classificar os livros lidos, com notas as quais variam de 1 a 5. Entretanto, cada um observa diferentes aspectos durante a análise de uma obra, razão pela qual decidi compartilhar a forma como eu realizo a avaliação das minhas leituras.

Antes de adentrar nesse tópico, quero abordar brevemente uma sensação que creio ser comum às pessoas que possuem algum meio para registrar leituras ou filmes e séries assistidos (blogs, canais, contas em Instagram e/ou redes sociais próprias, como Skoob e Filmow). Logo que começo a ler ou assistir a alguma coisa, me pego pensando em como poderia falar sobre aquilo, de um jeito que me sinto "pressionada" a ponderar sobre cada pormenor da obra para poder comentar com propriedade. Hoje essa sensação se manifesta com menor frequência, porquanto não sou mais tão ativa no Frases Perdidas - principal espaço no qual compartilho tais pensamentos -  como era há alguns anos, mas por vezes ainda sinto a necessidade de afirmar minhas impressões.

Essa pressão à qual me refiro se relaciona com o objeto de recentes discussões no meio literário. Nos últimos tempos, tem sido levantada a oposição quantidade x qualidade no tocante às leituras e muito já foi debatido acerca de uma auto cobrança de booktubers para ler mais rapidamente e, assim, mostrar uma pilha de livros em vídeos de leituras mensais. Nesse mesmo viés, há a necessidade de moldar a sua experiência de leitura a fim de identificar o que deve ou não ser comentado nessas postagens, a qual conduz à sensação de consumir algum conteúdo apenas para falar sobre ele depois ou de indispensavelmente apresentar uma opinião consolidada acerca de toda produção consumida.

Essa "obrigação" de ter uma opinião sobre tudo tem sido também bastante apontada em decorrência da diversidade de temáticas discutidas nos contextos nacional e internacional atualmente, o que nos leva a uma sobrecarga de informações e a um certo desespero por não conseguir absorver por inteiro a vastidão de dados que nos é transmitida. Todavia, é preciso reconhecer que, apesar da relevância de que nós sejamos capazes de realizar observações críticas a respeito das pautas as quais nos são apresentadas, nós não possuímos o dever de sempre manifestar nossos pensamentos sobre algo (o que também vale para as leituras e assistidos). Agora, rumo ao foco desse post.



Eu sempre tento encontrar pontos positivos nos livros que leio, sejam eles referentes ao enredo, à escrita ou ao propósito do (a) autor (a) com aquela produção, de maneira a aproveitar ao máximo a leitura mesmo que o resultado final não me cative completamente. Portanto, eu aprecio o básico, isto é, a construção da trama - história e narrativa - e a mensagem a ser transmitida por intermédio dela. 

Além de considerar essas características, a minha relação particular com o livro possui grande peso durante minha avaliação. Penso muito acerca da experiência que a obra me proporcionou, independentemente de ter servido apenas como entretenimento ou provocado intensas reflexões, e de como eu me envolvi com a leitura. Nessa perspectiva, o título pode ser repleto de complexidades ou bastante simples, estar no topo dos mais vendidos ou não: se me fizer refletir, questionar determinadas concepções ou me marcar de alguma forma, irá receber uma nota alta.

No sistema de avaliação com estrelas, essas são as noções as quais eu utilizo: 

1 estrela = Não consegui encontrar pontos positivos ou que valham a pena nessa leitura. 
2 estrelas = Não gostei, em virtude da minha experiência e/ou características que me incomodaram. 
3 estrelas = Achei bom ou razoável. Apresenta alguns aspectos interessantes ou foi apenas bacana para passar o tempo.
4 estrelas = Gostei bastante. O livro contém vários pontos positivos em sua construção, no entanto não me agradou por completo.
5 estrelas = Amei. Obra marcada por características positivas em seu desenvolvimento ou que pode conter falhas, mas ocasionou uma leitura impactante. 

Explicar o porquê de identificar livros como favoritos é mais complicado. Como mencionei anteriormente, a minha experiência é um dos principais fatores que levo em consideração, de modo que a minha lista de favoritos é composta por aqueles os quais se tornam importantes para mim a partir de uma conexão concebida durante a leitura. Nesse sentido, embora saiba que hoje não gostaria tanto assim de determinada obra (a exemplo de A culpa é das estrelas, Eleanor & Park e outras), conservo tais títulos nessa categoria, pois tiveram passagens relevantes na minha vida enquanto leitora.

Caso tenha interesse em acompanhar tais avaliações, faço o registro das minhas leituras no Skoob e no Goodreads, além de um destaque específico no Instagram do Frases Perdidas para os livros lidos em 2019.


♥ Banco de Séries | Facebook | Filmow | Goodreads | Instagram | Skoob | YouTube ♥

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