Linha M, de Patti Smith

14:43:00


"Tenho certeza de que poderia escrever infinitamente sobre nada. Se ao menos eu tivesse nada a dizer." (Pág. 13)

Linha M é uma obra de não ficção que traz um conjunto de histórias da Patti Smith, uma artista norte-americana conhecida principalmente por sua participação no movimento punk. Digo histórias ao invés de memórias porque o livro reúne muito mais do que momentos importantes do passado da autora. A obra mistura esses acontecimentos com a situação atual da Patti, descrições de sonhos, devaneios, sentimentos e coisas simples do seu cotidiano.

Cantora, escritora, apaixonada por literatura, seriados e fotografias, Patti Smith é gente como a gente. Confesso que só ouvi falar dela por volta do final do ano passado, apesar de toda a sua fama, e não tinha muita curiosidade sobre o seu trabalho. Porém, com tantos comentários positivos sobre a Patti, senti necessidade de conhecer a sua obra e foi uma das melhores coisas que eu fiz. Assim que comecei a leitura de Linha M percebi que já estava me apaixonando por essa mulher.


A ideia de escrever esse livro surgiu através de um costume presente na vida da Patti há mais de uma década: ir ao seu café favorito, sentar na sua mesa no canto de sempre e fazer anotações no seu caderno. Por conta desses rabiscos rotineiros e de um sonho protagonizado por ela e um vaqueiro, a artista decidiu escrever sobre o nada. Na tentativa de realizar esse desafio, Patti deu início a uma reunião de momentos e reflexões sobre diferentes temáticas que, juntos, são responsáveis por ilustrar a sua personalidade.

A obra é recheada de fotografias, sendo a maior parte delas tirada pela própria autora. A antiga cadeira de Roberto Bolaño, o túmulo de Sylvia Plath, um livro amado de Haruki Murakami, algumas roupas de Frida Kahlo, a bengala de Virginia Woolf: todas essas coisas, entre várias outras, marcaram a vida da Patti de alguma forma e foram registradas por meio de imagens, cada uma com um significado, uma marca importante para ela.


Linha M foi escrito quando Patti beirava os 66 anos e o livro é, basicamente, um retrato do seu processo de amadurecimento, da sua maneira de lidar consigo, com seus compromissos, com a vida e suas mudanças. A cada página eu me apaixonava mais por essa mulher incrível e desejava ser parecida com ela um dia. Em várias passagens de sua história me identifiquei com pensamentos, atitudes e afins. Me encantei pelo seu jeito de viver. Patti Smith é um exemplo de como eu quero ser quando crescer.

Quanto mais eu falo sobre essa obra e essa mulher, mais me sinto incapaz de explicar o meu amor por ambas. Portanto, só me resta dizer: leiam Linha M, conheçam a Patti Smith. Vocês não irão se arrepender.


"- O que é o nada? - perguntei impetuosamente.
- É o que você consegue ver dos seus olhos sem um espelho - era a resposta." (Pág. 144)

Minha Estante #67
Título: Linha M
Autor (a): Patti Smith
Páginas: 216
Editora: Companhia das Letras
Nota: 5/5


Já leram algo da Patti Smith? O que acharam do seu trabalho? Me contem nos comentários!
Beijos e até o próximo post!

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